segunda-feira, 26 de março de 2012

AIDAN DEVE ENFRENTAR PROTESTOS DA GCM NO ANIVERSÁRIO DE SANTO ANDRÉ Por: Gislayne Jacinto (gislayne@abcdmaior.com.br)

 
Aidan nega que GCMs sejam colocados em risco. Foto: Andris Bovo
Aidan nega que GCMs sejam colocados em risco. Foto: Andris Bovo
 
Após guarda ter sido baleado por bandidos, categoria reclama de condições de trabalho
O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), deve enfrentar protestos de GGMs (Guardas Civis Municipais) durante o aniversário da cidade, comemorado em 8 de abril. Desde o ano passado, a categoria tem promovido manifestações na cidade por melhores salários, mas dessa vez o protesto visa chamar a atenção para as condições de trabalho e falta de infraestrutura da corporação.
A gota d´água para a mobilização foi o fato de um GCM ter levado um tiro de bandidos que na, quarta-feira da semana passada (14/03), invadiram o posto da Guarda na praça Ulysses Guimarães com o intuito de roubar armas. O guarda levou um tiro no peito, mas foi salvo pelo colete à prova de balas. A mesma base já foi anteriormente alvo de criminosos que dispararam vários tiros contra o local.
“Vamos fazer protestos porque em determinados postos tem ficado um único profissional, o que não é aconselhável quando se trata da área de segurança. Quando se fica sozinho, coloca-se em risco a vida do guarda”, disse Wagner do Nascimento, diretor do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André) e coordenador de Formação e Relações Sindicais da entidade.
O sindicalista disse que, na última sexta-feira (16/03), diretores do Sindserv decidiram vistoriar vários equipamentos no período noturno e constataram que 11 GCMs trabalhavam sozinhos em postos indicados pelo comando da GCM. “Solicitamos a presença da chefia que disse não dispor de efetivo e que recebe ordens superiores. Também fomos informados de que a chefia elaboraria um documento para que medidas fossem tomadas”, afirmou Wagner.
O guarda Carlos Alberto Pavan, que também é diretor do Sindserv, disse que a administração definiu para este ano a meta de cobrir 200 equipamentos da prefeitura com policiamento feito pelos GCMs, no entanto tem faltado efetivo para ficar com pelo menos dois ou três profissionais. “O guarda que levou o tiro só não morreu porque houve cobertura de um outro profissional. Se estivesse sozinho, a situação teria sido muito complicada”, disse Pavan.
Prefeitura - A Prefeitura de Santo André afirmou que a GCM trabalha nos padrões de conduta e segurança, com o objetivo de preservar o efetivo. “Eventualmente, são feitos deslocamentos e reforços a postos que requisitam. De maneira alguma os guardas são colocados em risco que não são inerentes à profissão”, informou a administração
Quanto ao guarda baleado no posto da praça Ulysses Guimarães, o governo ressaltou que o “equipamento de proteção, o colete balístico, aliado ao treinamento recebido” possibilitaram resposta à agressão dentro dos parâmetros legais que fazem parte da atividade
“Os guardas municipais tiveram todo o apoio necessário e possível do início ao final da ocorrência por seus superiores hierárquicos e pares. Estão sendo assistidos pelo Departamento da Guarda Municipal nas áreas profissional, psicológica e familiar com suporte de profissionais de nosso Serviço de Apoio Psicológico e Assistencial”, diz nota da Prefeitura.
Ao ser questionada sobre o que fará para aumentar a segurança dos GCMs e evitar o protesto da categoria, a Administração afirmou que aumentará, por meio de concurso público, o efetivo da Guarda para que possa atender ao aumento da demanda e reforçar a segurança dos prédios públicos.

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