domingo, 31 de julho de 2011

Tenente da PM e dirigente da ASPOMIL afirma: "Se forem investidas do poder de polícia, as GMs constituirão um excelente reforço ao trabalho policial "

Poder de polícia para a Guarda Municipal, por Tenente Dirceu C. Gonçalves

A globalização talvez seja a mais concreta das realidades mundiais. Verdades que prevaleceram durante anos, até séculos, caíram por terra em decorrência da disponibilidade de tecnologia e, principalmente, da velocidade e fluidez das comunicações. As Guardas Civis Municipais, têm a missão estabelecida no artigo 144, § 8º da Constituição Federal: “os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei”. Mas, as necessidades de segurança e a prática dos últimos anos demonstram que tais instituições seriam mais úteis não ficando restritas apenas à tarefa de proteção patrimonial.

A tese, que já vem sendo defendida pelo major Olimpio Gomes, uma das lideranças da Polícia Militar paulista, é a da extensão do poder de polícia às guardas municipais. A falta desse direito líquido e certo de agir tem causado dificuldades tanto para as guardas quanto para a comunidade. Na ausência da polícia estadual, legalmente constituída para a atividade, os guardas municipais são requisitados pela população a agir e, se o fazem, podem ser punidos por atuar fora de suas atribuições.

Não é segredo a ninguém que a segurança pública, mercê da omissão de sucessivos governos na área social, enfrenta uma grave crise, e que os efetivos das polícias são insuficientes para atender as necessidades. Se forem investidas do poder de polícia, as guardas municipais constituirão um excelente reforço ao trabalho policial pois a sua atividade somará com as das polícias estaduais, com a vantagem de os guardas, por serem residentes e trabalharem numa instituição local, conhecem mais de perto os problemas da comunidade. As polícias estaduais poderiam, assim, reforçar suas atividades nas ações mais técnicas e específicas como a polícia judiciária e investigativa (Polícia Civil) e a atuação preventiva e ostensiva (Polícia Militar). O trabalho de maior capilaridade poderia ser exercido pelo guarda municipal que, uma vez atendida a ocorrência, a encaminharia ao plantão policial, sem qualquer embaraço.

A transformação das guardas em polícias também favoreceria na formação da política de segurança do próprio município. Atualmente o governador, como chefe das polícias estaduais, é quem formula sua política de atuação e assim continuará sendo. Mas, para a atuação das guardas municipais, o prefeito, seu chefe e conhecedor dos problemas específicos do município, poderá desenvolver atividades pontuais, que visem a solução de questões específicas. Isso ampliaria a presença policial em todo o território e melhoraria a segurança da população.

As guardas municipais já existentes e outras que poderão ser criadas, desde que com poder de polícia, poderão ser uma grande alavanca para a solução dos problemas de segurança em todo o país, sem grandes alterações na estrutura hoje existente. É uma força de trabalho que não podemos continuar desperdiçando...


Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)

Um comentário:

  1. http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/policia-civil-pede-prisao-de-pm-e-mulher-de-embaixador-desaparecido-na-baixada-fluminense-30122016

    De acordo com as investigações, casal seria amante; suspeita é de crime passional; e corpo foi identificado como sendo do embaixador

    Para a polícia, Françoise Amiridis e o PM Sérgio Gomes eram amantes; embaixador seria vítima de crime passional
    Reprodução / TV Record Rio
    A Polícia Civil pediu nesta sexta-feira (30) a prisão de Françoise Amiridis, mulher do embaixador da Grécia Kyriakos Amiridis desaparecido desde a última segunda-feira (26) na Baixada Fluminense, e do policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho.

    Segundo fontes da DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), o PM teria confessado participação no crime ao ser confrontado com imagens dele entrando e saindo da casa onde Amiridis estava em Nova Iguaçu. Ele também acusa Françoise de ser a mandante do crime. Em depoimento, Sérgio Gomes teria dito ainda que um primo e outro homem teriam participado do crime.

    De acordo com as investigações, Françoise e o PM seriam amantes. Sérgio Gomes teria dito que a mulher teria se queixado que foi agredida por Amiridis. A principal suspeita é de que o diplomata tenha sido vítima de crime passional.

    Agentes da DHBF teriam encontrado um sofá com manchas de sangue na residência onde o embaixador passava as férias com a mulher, em Nova Iguaçu. Amiridis teria sido morto, antes de ser levado para o carro que havia alugado para a temporada de descanso na cidade.

    A polícia confirmou na manhã desta sexta que o carro encontrado embaixo de um viaduto do Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu, era o mesmo dirigido pelo diplomata. Dentro do carro, também foi encontrado um corpo carbonizado, que já foi identificado como sendo do embaixador.

    Sérgio Gomes, que teria chegado de madrugada à DHBF para prestar depoimento, permanece detido na unidade. Mais cedo, a família do PM disse que ele foi ouvido apenas como testemunha do caso. O advogado do agente também esteve no local, mas já teria ido embora. A mãe de Françoise também foi chamada para depor como testemunha.

    Um outro homem que não teve a identidade revelada chegou algemado à sede da polícia na manhã desta sexta. Segundo a corporação, ele teria envolvimento com o desaparecimento do diplomata.

    Françoise Amiridis e Kyriakos Amiridis viviam juntos há 15 anos e tinham uma filha de 10.

    Em época de crise, a impunidade fala mais alto (O recrutamento não exige curso superior, apenas ser autoritário com o poder do Estado vale tudo, não importa a vida humana) Será que uma Polícia Estadual, desvinculada do militarismo e bem remunerada, similar a America do Norte com apenas 04 (quatro patentes subordinada a justiça comum, sem privilégios, seria uma Polícia mais Comunitária e transparente...Infelizmente a Segurança Pública virou Partido Político ROTA na rua não resolveu os crimes em SP, a saída é criança nas Escolas e o fim das impunidades, incluindo crimes praticados pelos colarinhos brancos, sem exceção (O Brasil mergulhou na crise, derivado dos mandatários que praticaram crimes de lesa- Pátria, com certeza vão esperar prescrever os desvios dos cofres Públicos (Os simpatizantes de Fidel, não estão preocupados com ideologias e sim com as vantagens indevidas, com a certeza da impunidade afrontam o STF, principalmente a República de Curitiba (Pobre país e sua corja de assassinos, merecem corte internacional (Crimes contra a humanidade)... Foram fortes até o presente por suas mentiras, mas as Redes Sociais estão atentas e as Comunidades não aceitam a famigerada resistência seguida de morte, onde o melhor PM era considerado o matador com maior número de homicídios, exceto os filhos de marajás que figuram como os maiores envolvidos em diversos ilícitos, portanto uma só Polícia dentro de uma só inteligencia, com fins específicos e não aleatório e os gastos acima dos 04 postos devem ser redistribuídos, para que que o policial de baixo escalão tenha um soldo compatível e carreira única.

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