Nos casos de Santo André (673.914 habitantes) e São Bernardo (cerca de 765 mil), municípios com população acima de 500 mil moradores, a lei federal 10.826/03, mais conhecida como Estatuto do Desarmamento, permite que os integrantes das guardas civis utilizem a arma funcional ou particular à paisana.
São Caetano (152.093) e Ribeirão Pires (112.011), onde a mesma legislação restringe o uso de arma fora do expediente, conseguiram autorização na Justiça estadual, que tem reconhecido como uma restrição inconstitucional.
"É uma vitória em uma luta de muitos anos", afirmou o comandante da GCM de São Caetano, Alexandre Cortez, que justificou a liberação do porte fora do horário de trabalho como medida de proteção aos profissionais. "Sofremos ameaças constantes", comentou o guarda, com 16 anos de carreira.
Do efetivo de 400 guardas, 150 possuem arma particular, segundo Cortez e Francisco Mizael de Figueiredo, presidente da Associação Desportiva dos Guardas-Civis Municipais de São Caetano. "Se temos capacidade técnica e psicológica para usar a arma no trabalho, por que não fora, para defesa pessoal e da própria sociedade?", indagou Mizael.
Em São Bernardo, dos 604 integrantes, 180 possuem porte de arma particular. No entanto, 400 armas funcionais ficam à disposição dos guardas. "Queremos a médio prazo garantir a arma funcional para todos da corporação", afirmou Mariano.
Em Ribeirão Pires, apenas 18 guardas possuem armas particulares, de um universo de 126 componentes.
OUTROS MUNICÍPIOS - Mauá, pelo segundo dia consecutivo, não respondeu. Diadema, com efetivo de 197 integrantes, informou que a corporação tem interesse em obter o salvo-conduto (habeas corpus preventivo) para garantir a própria segurança fora do ambiente de trabalho. Rio Grande da Serra (41.602) não possui GCM.
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