quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pesquisa traça mapa da violência(São Carlos e São Caetano se destacam)

Os municípios que menos investem
em segurança pública
são exatamente aqueles que
mais expõem seus jovens à violência.
A constatação é da pesquisa
sobre o Índice de
Vulnerabilidade Juvenil (IVJ)
divulgada nesta terça-feira (24)
pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública e pelo Ministério
da Justiça, em São Paulo.
Na prática, constata-se que nas
cidades onde a vulnerabilidade
juvenil é muito alta, a despesa
em segurança pública, no ano
de 2006, foi de R$ 3.764 por mil
habitantes, enquanto os municípios
com IVJ baixo aplicaram
R$ 14.450 por mil habitantes.
Os dados evidenciam a importância
do município na prevenção,
principal eixo de atuação
do Pronasci. O jovem - segmento
altamente vulnerável à
violência - foi escolhido como
público estratégico do Programa
por estar vivendo, à época
de sua concepção, as conseqüênciasda incapacidade do
estado brasileiro em garantir
as condições para o desenvolvimento
da cidadania.
Por meio dos projetos e ações
do Pronasci - presente em 21
estados, no DF e em 109 municípios
-, busca-se oferecer
oportunidades e garantir direitos,
para que os jovens possam
participar da construção
da vida cidadã do Brasil.
O Programa prioriza justamente
os locais apontados
pela pesquisa como vulneráveis,
investindo em ações específicas
para os jovens. Os
resultados do estudo mostram
a robustez conceitual e
a efetividade do Pronasci
para aliar a força coercitiva
com políticas preventivas no
enfrentamento à violência e
à criminalidade.
Jovens em risco – O estudo
constatou ainda que das 266
cidades brasileiras com
mais de 100 mil habitantes,apenas 10 apresentam um
elevado grau de vulnerabilidade
dos jovens de 12 a 29
anos à violência.
Das cidades com elevada
vulnerabilidade dos jovens, nenhuma
é capital, embora muitas
pertençam a regiões metropolitanas.
Além disso, embora
a maioria dos jovens brasileiros
tenha baixo risco e histórico
de convívio com a violência,
quase um terço desse grupo
ainda enxerga esse mal
como parte do seu cotidiano.
Essas são algumas constatações
apresentadas em dois trabalhos
coordenados pelo
Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, que diagnosticam
a exposição do jovem brasileiro
à violência, em termos quantitativos
e qualitativos. A pesquisa,
que utiliza dados do IBGE,
integra o "Projeto Juventude e
Prevenção da Violência".
De acordo com o levantamento,
Itabuna (BA), Marabá (PA),
Foz do Iguaçu (PR), Camaçari
(BA), Governador Valadares
(MG), Cabo de Santo Agostinho
(PE), Jaboatão dos Guararapes
(PE), Teixeira de Freitas
(BA), Serra (ES) e Linhares (ES)
são os municípios brasileiros
com maior vulnerabili-dade à
violência contra os jovens.
Já São Carlos (SP), São Caetano
do Sul (SP), Franca (SP),
Juiz de Fora (MG), Poços de
Caldas (MG), Bento Gonçalves
(RS), Divinópolis (MG), Bauru
(SP), Jaraguá do Sul (SC) e
Petrópolis (RJ) são as cidades
brasileiras que registram os
menores IVJs.

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