Os policiais da Guarda Civil Municipal deram início, na madrugada desta terça-feira, a uma série de manifestações em defesa de melhores condições de trabalho e salários. Às 5h30, Diretores do SINDSERV e membros da Comissão Setorial Sindical já estavam em frente a Base Centro, colocando faixas, armando uma barraca e distribuindo o SINDSERV Jornal. A maioria absoluta dos GCMs que chegavam para o trabalho foram engrossando o movimento e aguardaram os companheiros que saíram às 6h00, além de dezenas de Guardas que vieram organizados das demais Inspetorias.
O presidente do SINDSERV, Giovani Chagas, alertou aos trabalhadores e à população que ouvia a manifestação através do carro de som instalado em frente a Base, que os GCMs não vão abrir mão de todas as formas de luta necessárias para que suas reivindicações sejam ouvidas e atendidas pela Administração: "nós não gostamos de fazer protestos, mas quando é preciso fazemos, como estamos fazendo hoje. Nós não gostamos de fazer greve, mas se as negociações não avançarem, se os negociadores do governo continuarem insistindo em querer empurrar um PCCR que já foi rejeitado por toda a categoria, não teremos outra alternativa se não a paralisação".
O GCM Julio, da coordenação da Comissão Setorial Sindical, conclamou os companheiros que ainda permaneciam dentro da Base: "aqui é o local correto para que demonstremos nossa insatisfação e nossa indignação com a atual condição que estamos vivendo. É aqui, unidos, que vamos poder demonstrar o quanto nosso trabalho é importante para a cidade e o quanto precisamos ter nossas reivindicações atendidas".
Já para o diretor do SINDSERV, Ketu, a recordação da greve de 2007 estava ficando cada vez mais presente com a adesão dos GCMs. "Já ficamos aqui, nesta pequena praça, durante 32 dias parados. Mostramos nossa força e, se for preciso, vamos mostrar novamente".
São Bernardo, o 6º PIB industrial de São Paulo e um dos maiores do país, paga um dos piores salários aos Guardas no Estado. As reivindicações incluem a abertura da rediscussão do Estatuto da GCM, interrompida em 2011, e alterações de referências para todas as classes.
Às 8h00, quase trezentos GCMs saíram em passeata até o Paço Municipal, onde realizaram novo protesto.
Próximos passos
Nesta quarta-feira, 15, às 19h00, também na Base Centro, os GCMs reunem-se em Assembleia para decidir os rumos do movimento. "Nossa expectativa é que a Administração estabeleça uma negociação amparada em contrapropostas razoáveis. Indicar, apenas, a retomada do PCCR rejeitado não vai funcionar", afirma o presidente Chagas.
Já no dia 16, GCMs devem participar da Assembleia Geral para definição da pauta da Campanha Salarial 2012, na sede do SINDSERV, às 18h30.
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