terça-feira, 26 de outubro de 2010
ECA e direitos humanos são temas de curso de Mediação de Conflitos para a GCM
Integrantes da Guarda Civil de Mauá participaram da segunda etapa do curso Mediação de Conflitos e Gerenciamento de Crises, realizado para desenvolver na rotina da corporação a humanização nas atividades profissionais e promover a reflexão sobre as formas de abordagem e as relações com a comunidade. Desta forma, segundo o secretário de Segurança Pública, Carlos Wilson Tomaz, “promovemos a inclusão social, os direitos humanos e a qualificação profissional para uma ação cidadã que passará a ser parte do cotidiano da nossa instituição.” A primeira edição do curso foi realizada em janeiro.
O curso busca construir novos valores humanos para promover a cultura da não-violência, mostrando novas formas de relacionamento no cotidiano profissional. Os educadores sociais Marisa das Graças Maciel Delgado, Silvestre Rodrigues da Silva e Enrique Gibert deram a capacitação para 17 guardas municipais. O conteúdo abordou “Direitos Humanos”, relacionado com as técnicas de abordagens operacionais; Estatuto da Criança e do Adolescente; a distinção entre Poder e Liderança e Ética, com reflexões sobre a natureza do Mal; a o Papel do Guarda Civil Municipal Comunitária, com uma reflexão sobre desafios e perspectivas da profissão.
Por isto, foram relacionadas estratégias de ação com autoridade e sem autoritarismo, de forma respeitosa e educada, com foco na não-violência. Questiona-se a banalização da pobreza e a espetacularização dos crimes pela mídia, que contribui para a intensificação da violência, as dinâmicas de grupo implementadas no curso buscaram resgatar nos participantes valores pessoais.
“Meu avô sofreu muito mesmo na ditadura militar. Eu quis ser guarda porque prezo a cidadania no trabalho da GCM, para mim é uma honra ser guarda e quero me aperfeiçoar e evoluir”, disse Cícero dos Santos Oliveira, que integra a corporação há seis anos. Cícero e os demais guardas falaram sobre suas histórias pessoais e perspectivas. Todos concordaram na necessidade de promover uma transformação social em que as pessoas tenham direito à moradia digna, estudo, trabalho, saúde e segurança.
Esta dinâmica foi a forma de quebrar paradigmas atuais dos guardas para facilitar o entendimento das diferentes formas de enxergar o mundo e as outras pessoas. A forma de atuação que valoriza a não-violência e o respeito concorda com a política desenvolvida pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, do Ministério da Justiça, do Governo Federal, que a administração municipal está desenvolvendo na cidade.
“É por intermédio do saber, das políticas públicas, da educação e conhecimento que poderemos contribuir para uma sociedade melhor e mais humanizada”, afirmou Silvestre.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário