“Eu não gosto de armas e estou sempre de olho no meu filho porque ele gosta de videogame e a gente sabe que existem muitos jogos violentos”, afirmou o morador do Jardim Zaíra, Reginaldo Mota, pai de Evandro de cinco anos. Eles estavam na escola Municipal Nathércia F. Perrela, durante a reunião de pais e professores com os integrantes da Equipe de Educação para a Cultura de Paz, da Secretaria de Segurança Pública.
A atividade foi desenvolvida pelos guardas civis municipais Nicodemos, Gil e Cícero, acompanhados do comandante da Guarda e coordenador da Defesa Civil de Mauá, Sergio Moraes, pela agente de Defesa Civil, Letícia Bertolucci, e pelo secretário de Segurança Pública, Carlos Wilson Tomaz. A proposta dos encontros que serão realizados em 11 escolas em locais próximos a áreas de riscos de deslizamentos e enchentes, entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, é a de difundir conceitos de prevenção e preservação da vida e Cultura de Paz.
Para facilitar o entendimento, os guardas utilizam a apresentação de vídeo com depoimentos de pessoas que perderam familiares mortos por armas de fogo e conversam com os participantes em uma linguagem bastante acessível sobre Desarmamento Infantil, Campanha Nacional de Desarmamento e prevenção na época de chuvas intensas para os moradores em áreas vulneráveis. Acompanhada do primo Willian Ribeiro da Silva, de seis anos, estava Wanézia Souza Silva, de 18, assistindo a tudo com muita atenção. “Sou completamente contra o uso de armas de brinquedo pelas crianças assim como os games violentos. Procuro mostrar para ele que existem outras formas de brincar, bem mais saudáveis”, defendeu Wanézia.
“Sobre essas questões das áreas de risco, achei muito importante o que a agente disse, porque eu saí de um lugar desses e, antes, a gente não tinha esse tipo de informação”, considerou Reginaldo. Extremamente atento ao que os guardas e a agente diziam, Mota lembrou que a casa onde morava no Morro do Macuco foi demolida há dois meses porque sua estrutura estava comprometida e agora ele recebe auxílio aluguel da Prefeitura e mora com sua família em local seguro.
Segundo Tomaz, a intenção da Prefeitura é preservar vidas, portanto, os locais próximos às áreas de risco foram priorizados para receber esta atividade antes do período de chuvas intensas de verão. “Nossa equipe iniciou um trabalho fundamental de educação e informação que irá colaborar na prevenção, para que cada morador saiba identificar possíveis riscos e acionar a Defesa Civil, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, SAMU ou outros nos momentos antes de eventuais tragédias. Informamos também sobre as formas de entrega de armas de fogo, que pode ser feita pelo telefone 153”, explicou o secretário.
O trabalho da Secretaria considera que o público feminino tem um peso bastante significativo para convencer os familiares que portam ou guardam armas de fogo em casa, podendo receber a indenização de varia entre R$ 100 e R$ 300, retirados em até 48 horas, diretamente no Banco do Brasil, após a entrega do armamento.
Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele.
ResponderExcluirHenry Ford